É interessante fazer uma comparação da experiência do autor com as experiências vividas por nós. Quando era criança, minha família e eu tínhamos uma situação financeira muito difícil. Tudo era escasso e básico. Algo que me marcou bastante naquela época é que eu gostava muito de desenhar. Mas papel era ítem raro em minha casa. Lápis de cor,... eram "toquinhos" que os primos passavam pra mim. Mas eu tinha dentro de mim uma vontade de me expressar e sempre davam um jeito de achá-lo. As fotos da postagem anterior é um exemplo disso. Como não havia lugar para desenhar, eu aproveitava de espaços no caderno de receita de minha mãe e desenhava nele.
Os desenhos que fazia no caderno foram desenhos relacionados à alimentos, ovos de páscoa, pratos com comida, e também desenhos lúdicos da imaginação de uma criança. Essa falta de papel me fez crescer adorando papel, amando coisas relacionadas a ele. Tudo que faço na área de artes tem sentido com papel. Até hoje sou apaixonada por papel. Faço artesanato no papel, meus desenhos raramente são pintados, mas na grande maioria desenhados no papel. Minha arte é do papel e o papel é da minha arte.
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